O meu conto de fadas em Itália - Veneza
Era uma vez um país com a forma de uma bota, que era, isso
sim, um autêntico sapatinho de cristal. Repleto de tesouros muito preciosos,
descobertos ou ainda por descobrir, mas que, de tão antigos, muito facilmente podiam
ruir, mesmo não sendo de vidro quebradiço, mas de pedra e cimento maciço.
Era uma vez uma família de portugueses que gostavam de aproveitar as férias para ir apanhar ar a outro país. Já estivera em Espanha e em Inglaterra, por isso Itália foi o destino que quis. Apreciadora de boa comida, a italiana não a podia deixar mais satisfeita, e visto haver no país cultura desmedida, seria, pois, a viagem perfeita. Porém, como Itália é tão vasta e cada cidade tem tanto para visitar, cingiram-se os forasteiros a Roma e a Veneza, mas um dia hão-de voltar. Lá foram eles, então, às 7 da manhã para o avião, rumando à encantadora Veneza, tão afamada pela sua singular beleza.
Já sabiam que um lindo lugar iriam encontrar, mas as suas expectativas conseguiram superar. Quando chegaram à cidade, ficaram especados a olhar em seu redor, tanta água, tantos barcos, nada de carros, podia haver melhor? Se não tivessem conhecimento de que haviam marcado a viagem e no avião embarcado, julgariam que num filme romântico e idílico tinham entrado!
Nos 2 dias seguintes deixaram-se levar pela magia daquele lugar. Acordavam de manhã cedinho, abriam a janela de par em par, deixando os primeiros raios de sol entrar. Depois, desciam à sala de pequenos-almoços, que as antigas evocava, com o seu papel de parede amarelo adornado de motivos dourados, com as suas mesas redondas e cadeiras almofadadas. Ah, que linda sala saída de um conto de fadas! E um autêntico manjar era colocado à sua disposição, de tal modo que por duas servia aquela refeição.
De barriga cheia, calçavam as sapatilhas e metiam pés à obra. Caminhavam e caminhavam sem parar, mas nunca se cansavam, parecia que uma força mágica os estava a transportar. Aventuravam-se por vielas, todo um labirinto rodeado por casas e lojas, de quando em quando desembocando em praças, onde se gostavam de perder. Não tinham medo do desconhecido, deixavam-se levar pela sua intuição, e acabavam por chegar ao seu destino, num misto de orgulho e de emoção. Porém, quando começavam a ver um grande tráfego humano, tiravam imediatamente as coordenadas do lugar: Piazza di San Marco. O lugar onde todos os turistas iam parar.
Que encanto! Que grandiosidade! Como que uma península, só que ao contrário, rodeada por palácios por todos os lados exceto um, o da água, com certeza. Desde a Basilica di San Marco ao Museo Correr, passando pelo Palazzo Ducale, pelas esplanadas com vista para a praça e com uma orquestra de som de fundo, não podia haver lugar mais belo em todo o mundo!
Tudo a família visitou, não podia deixar de o fazer, afinal nunca mais voltaria a uma comparável riqueza arquitetónica conhecer. Na Basilica, contemplaram os frescos sobre a religião cristã e todo o ouro do teto e do altar. No palácio viram a luxúria: as paredes de veludo, os quadros de artistas renomados, as tapeçarias, os encarnados, cor da nobreza, a preferida do rei Luís XIV de França.
E para acabar o dia em grande e repor as energias, o jantar num restaurante dentro de um pátio ao estilo italiano foi servido, espaço verdadeiramente romântico, verdejante e muito florido.
Contudo, como poder ir a Veneza sem viajar pelas suas míticas águas? Pois bem, estes viajantes não eram nenhuns ignorantes, por isso souberam que muito perderiam se não fossem dar um passeio marítimo. Aproveitaram para conhecer as ilhas Murano e Burano, a primeira afamada pelo seu vidro, a cuja utilização industrial eles tiveram a oportunidade de assistir. A altas temperaturas, uma jarra e um cavalo viram surgir.
O passeio durou quase um dia inteiro, e mostrou-lhes Veneza numa perspetiva diferente, mais distanciada, mais geral, mas igualmente magnífica. As colossais torres pareciam tão pequenas! A brisa refrescante do mar encheu-lhes os pulmões de ar e fê-los sonhar enquanto se deixavam embalar.
Era uma vez uma família de portugueses que gostavam de aproveitar as férias para ir apanhar ar a outro país. Já estivera em Espanha e em Inglaterra, por isso Itália foi o destino que quis. Apreciadora de boa comida, a italiana não a podia deixar mais satisfeita, e visto haver no país cultura desmedida, seria, pois, a viagem perfeita. Porém, como Itália é tão vasta e cada cidade tem tanto para visitar, cingiram-se os forasteiros a Roma e a Veneza, mas um dia hão-de voltar. Lá foram eles, então, às 7 da manhã para o avião, rumando à encantadora Veneza, tão afamada pela sua singular beleza.
Já sabiam que um lindo lugar iriam encontrar, mas as suas expectativas conseguiram superar. Quando chegaram à cidade, ficaram especados a olhar em seu redor, tanta água, tantos barcos, nada de carros, podia haver melhor? Se não tivessem conhecimento de que haviam marcado a viagem e no avião embarcado, julgariam que num filme romântico e idílico tinham entrado!
Nos 2 dias seguintes deixaram-se levar pela magia daquele lugar. Acordavam de manhã cedinho, abriam a janela de par em par, deixando os primeiros raios de sol entrar. Depois, desciam à sala de pequenos-almoços, que as antigas evocava, com o seu papel de parede amarelo adornado de motivos dourados, com as suas mesas redondas e cadeiras almofadadas. Ah, que linda sala saída de um conto de fadas! E um autêntico manjar era colocado à sua disposição, de tal modo que por duas servia aquela refeição.
De barriga cheia, calçavam as sapatilhas e metiam pés à obra. Caminhavam e caminhavam sem parar, mas nunca se cansavam, parecia que uma força mágica os estava a transportar. Aventuravam-se por vielas, todo um labirinto rodeado por casas e lojas, de quando em quando desembocando em praças, onde se gostavam de perder. Não tinham medo do desconhecido, deixavam-se levar pela sua intuição, e acabavam por chegar ao seu destino, num misto de orgulho e de emoção. Porém, quando começavam a ver um grande tráfego humano, tiravam imediatamente as coordenadas do lugar: Piazza di San Marco. O lugar onde todos os turistas iam parar.
Que encanto! Que grandiosidade! Como que uma península, só que ao contrário, rodeada por palácios por todos os lados exceto um, o da água, com certeza. Desde a Basilica di San Marco ao Museo Correr, passando pelo Palazzo Ducale, pelas esplanadas com vista para a praça e com uma orquestra de som de fundo, não podia haver lugar mais belo em todo o mundo!
Tudo a família visitou, não podia deixar de o fazer, afinal nunca mais voltaria a uma comparável riqueza arquitetónica conhecer. Na Basilica, contemplaram os frescos sobre a religião cristã e todo o ouro do teto e do altar. No palácio viram a luxúria: as paredes de veludo, os quadros de artistas renomados, as tapeçarias, os encarnados, cor da nobreza, a preferida do rei Luís XIV de França.
E para acabar o dia em grande e repor as energias, o jantar num restaurante dentro de um pátio ao estilo italiano foi servido, espaço verdadeiramente romântico, verdejante e muito florido.
Contudo, como poder ir a Veneza sem viajar pelas suas míticas águas? Pois bem, estes viajantes não eram nenhuns ignorantes, por isso souberam que muito perderiam se não fossem dar um passeio marítimo. Aproveitaram para conhecer as ilhas Murano e Burano, a primeira afamada pelo seu vidro, a cuja utilização industrial eles tiveram a oportunidade de assistir. A altas temperaturas, uma jarra e um cavalo viram surgir.
O passeio durou quase um dia inteiro, e mostrou-lhes Veneza numa perspetiva diferente, mais distanciada, mais geral, mas igualmente magnífica. As colossais torres pareciam tão pequenas! A brisa refrescante do mar encheu-lhes os pulmões de ar e fê-los sonhar enquanto se deixavam embalar.
Veneza foi um passeio surpreendente, labiríntico,
inesperado, mágico… e inesquecível!
Gôndolas a passearem num canal
Trânsito de gôndolas
Gôndolas a passearem num canal
Trânsito de gôndolas
Ninguém diria que a magia de Veneza poderia ser assim tão bem descrita em rima, com uma linguagem envolvente e cativante, tal como o lugar, a gastronomia, o clima, a musica, as gentes, o património. Com fotografias que emolduram e completam esta bela descrição. Parabéns pelo artigo. Obrigado pela partilha.
ResponderEliminarObrigada pela opinião!
EliminarAdorei viajar na tua"companhia". Fiquei entusiasmada pelas tua discrição por onde foram andando. Apeteceu-me também poder saborear a comida italiana.
ResponderEliminarEstive presente pelos lugares que nos descreves tão bem.Bela narrativa de umas férias em Itália.
Maria Teresa
Ainda bem que te pude transportar um bocadinho para dentro da minha história, por sua vez verídica! Era e é esse o meu objetivo, contribuir, através de enumerações e adjetivações ao serviço da descrição, para que os meus leitores sintam o que eu senti em Itália.
EliminarBjs, Joana