Um dia na Gazeta das Caldas
Hoje, dia 27 de dezembro, a redação da Gazeta estava calma, ao contrário do que é costume, afinal, ainda há pouco acabou o Natal. A agenda dos jornalistas não estava sobrecarregada, sendo que grande parte não se encontrava a trabalhar. No meio deste ambiente sereno, foi-me, pois, possível conhecer e acompanhar o trabalho de um jornalista regional.
Cheguei à redação às 10h, e encontrei as jornalistas a
fazerem os últimos preparativos (recolha de algumas informações, seleção de
perguntas, preparação dos materiais de reportagem, nomeadamente gravador, câmara fotográfica e bloco de notas) para as entrevistas que
iriam conduzir nessa manhã. Algum tempo depois, partimos para a Praça da Fruta para
conduzir algumas entrevistas a propósito do 4.º aniversário das obras de
requalificação da Praça. As jornalistas conversaram com alguns vendedores e
consumidores, perguntando-lhes qual a sua opinião acerca destas medidas implementadas
há 4 anos atrás. Todos concordaram em discordar da necessidade de montar e
desmontar as suas barracas diariamente, devido ao grande peso dos ferros, bem
como no facto de um toldo de grande dimensão ser a melhor solução a adotar para
resolver o problema mencionado.
Depois do almoço, conheci a secção da paginação, onde esta
etapa do processo de elaboração de um jornal é realizada com o auxílio de
programas específicos e pagos. Ao contrário do que estava à espera, a impressão
não é realizada na sede da Gazeta, mas sim numa gráfica na Maia, de onde são
posteriormente transportados os jornais para os correios (e, depois, para as
casas dos subscritores), ou para um outro serviço de distribuição, sendo este
último encarregue de os fazer chegar à sede da Gazeta.
De seguida, voltei a juntar-me às jornalistas, onde estive a
acompanhar o seu trabalho de redação, isto é, a escrita dos textos propriamente
dita. Apesar de terem estado a trabalhar na reportagem sobre o aniversário das
medidas de requalificação da Praça da Fruta durante a manhã, durante a tarde
estiveram a escrever outras notícias, pois aquela não era urgente. Sendo
quinta-feira e saindo a próxima edição do jornal na sexta da semana que vem,
tratava-se de um dia mais tranquilo. Para além do facto de haver menos eventos
para noticiar, já que, uns dias após o Natal e habitualmente durante o mês de
janeiro, a atividade da sociedade abranda.
Concluindo, fiquei a saber que um jornalista regional é "multifunções", já que, dado trabalhar para um jornal de dimensão relativamente pequena, apresentando este, por isso, uma equipa composta por poucos elementos, desempenha tanto o trabalho de jornalista propriamente dito como o de fotógrafo. Ademais, pode escrever acerca das mais variadas temáticas, desde a política até à cultura. Contudo, também devido ao facto do jornal apresentar uma equipa pequena, o trabalho coletivo decorre sem problemas e com bastante sucesso, devido às boas relações que os seus elementos nutrem uns pelos outros.
E foi assim o meu dia, divertido, didático e passado em
muito boa companhia! Agradeço imenso às jornalistas que me mentorearam e que me
elucidaram acerca da sua fascinante e laboriosa profissão!
Mais uma profissão que me caiu no goto. Sem dúvida que vai
ser difícil decidir!
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